Sandro Mesquita

Corporativismo x Humanismo

Quero falar sobre alguns aspectos do capitalismo, mas não quero me deter e nem me aprofundar sobre a teoria em si, sobre as ramificações do capitalismo e o neoliberalismo de como ele afeta a sociedade e causa transtornos e nem do antagonismo com o socialismo e seu lado humanista se assim podemos dizer.

Mas quero tentar trazer essa pauta apra mais próximo de nós possível, relacionar com a nossa vivência e nosso dia a dia, e realmente tentar colocar essas teorias materializadas em nossa vida.

Não conheço bem o corporativismo e sua funcionabilidade, mas sei que no dia de uma empresa, seja ela grande ou pequena, existem regras básicas de desenvolvimento e expansão dos negócios para o crescimento, e isso exige, entre algumas coisas, disciplina, atitude, metas, prazos, comunicação e agendas, coisas que são cobradas por seus gestores e gerentes diariamente. O mercado é cada vez mais exigente com esses aspectos.

É necessário que a pessoa que está ali, ou que for contratada, esteja realmente preparada física, mental e psicologicamente pra desenvolver o que fora acordado sob pena de desligamento, ou seja, não existe romantismo no mundo dos negócios. Não há tempo para sentimentalismo ou preocupação com o humano.

Os rendimentos financeiros, o status, as metas, os números e o pódio se tornam mais importantes que o ser humano que está ali, dando sua parcela de contribuição para essa esteira da vitória, onde fazem com que as pessoas se sintam parte do processo. Porém, o grande beneficiado lucra sob pena e custos de uma grande maioria que é paga pra isso é claro, mas que tem alguns prejuízos pessoais.

Quase todas as pessoas que exercem suas funções nas empresas estão aptas para o trabalho por sua capacidade intelectual, pois buscou conhecimento, se preparou e aprimorou pra isso, tecnicamente se falando, mas e sua saúde mental? Seu interior, como está? Hoje é mais fácil encontrar empresas preocupadas e interessadas com esses aspectos de vida de seus colaboradores, mas ainda assim é muito tímida esse tipo de profissional nos RH's das empresas para fazer um diagnóstico/prognóstico de um colaborador.

A preocupação com a saúde mental com tantos transtornos que temos conhecimento hoje em dia seria uma das primeiras coisas que as empresas deveriam ter. Contar com um quadro de funcionários que desempenham suas funções, mas que vão para casa com uma mente e um corpo sadio, pronto para compartilhar de momentos com seus familiares e amigos é o ideal.
Porém não temos um outdoor na testa revelando nossa condição mental e com o passar dos anos, no dia a dia ou até mesmo na contratação dos serviços, não vem escrito se temos ou não algum transtornos, se somos ou não passivos de desenvolver algumas dessas patologias, o máximo que poderia se identificar seria o histórico da família, que muitas pessoas omitem por vergonha, por medo de não ser aceito para a vaga ou por não compreender que tem alguém na família que desenvolve algum tipo de desgaste mental.

No final das contas, a engrenagem ser humano que é uma "peça" na máquina da sociedade e só têm valor se estiver em perfeito estado de funcionamento ou mesmo dando sinal de desgaste se estiver ainda desempenhando a função para a qual foi contratada.

A final de contas, o mercado está cheio de peças novas ou seminovas pra reposição e o resultado e as metas precisam ser batidas a qualquer custo. Quem não estiver devidamente preparado e com sua saúde mental em dia, dê licença, pois o progresso e o desenvolvimento não podem esperar uma semana para obter seus resultados.

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